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14 de março de 2014

A imagem que fica

Já há algum tempo que as equipas portuguesas não conseguiam um conjunto de resultados tão prestigiante para as cores nacionais. Bem, foram só dois jogos, mas jogos contra clubes que investiram uma boa dose de milhões em reforço do plantel, clubes que jogam em campeonatos conceituados como o inglês e o italiano.

O Porto voltou a ser mandão, mostrando um ar da sua graça, o que dá esperança aos adeptos num resto de campeonato mais condizente com os seus pergaminhos. Foi um, podiam ter sido mais, se bem que o Nápoles também podia ter conseguido outro resultado.

O Benfica jogou como nunca conseguiu no reinado de Jesus. Matreiro, pouca bola, segurança defensiva. O golo do Rodrigo parece-me ter sido o primeiro  remate do Benfica (e quiçá mesmo do jogo), numa demonstração de eficácia assombrosa. Dominante na totalidade dos 90 minutos.

No entanto as manchetes dos jornais por essa Europa fora não foram abonatórias para o nosso país. Oh raios, então o que foi para além da qualidade das nossas exibições? Apenas isto:

O nosso querido e amado JJ voltou a aprontar uma das suas. Depois do Bale patentear a forma como celebra os golos (forma um coração com as mãos), eis que Jesus tenta seguir os seus passos, querendo patentear a forma como é azeiteiro.

Não vale a pena batalhar por uma imagem de prestígio internacional quando a taxa de bazófia do treinador é simplesmente estratosférica.

O futebol não é apenas momentos bons. Hoje estás por cima, mas amanhã estarás por baixo. É tão importante saber perder como saber ganhar. Mais que para ele próprio ou para o país, o Benfica só beneficiava em convencer Jesus a agenciar um gestor de imagem, pelo menos para adequar o seu comportamento aos mínimos exigíveis para a posição que ocupa e para o prestígio da Instituição que representa.

E como disse Manuel Machado, e muito bem, "Um vintém é um vintém e um cretino é um cretino."

 

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