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11 de agosto de 2014

Supertaça Cândido de Oliveira 2014

Disputou-se ontem mais uma Supertaça Cândido de Oliveira, desta vez opondo Rio Ave ao Benfica.

O Rio Ave vinha dum jogo enorme nas fases de apuramento para a Liga Europa, jogos motivadores, mas desgastantes, já o Benfica vinha acabadinho de sair duma das piores pré-épocas da sua história. Nunca um favorito parecia tão tremido como este ano. A ambição vilacondense era real e tangível, podiam mesmo ganhar, no entanto apareceu um Benfica transfigurado.


 A entrada de Enzo veio dar qualidade à posse de bola, a de Luisão (e Jardel, já agora) veio dar estabilidade defensiva. Dos buracos da pré-época sobrava Artur na baliza e o substituto de Rodrigo, que acabou por ser Talisca.

A equipa vilacondense pareceu entrar cansada, mas essencialmente surpreendida por um Benfica dominador, com trocas rápidas de bola, qualidade na posse, pelo menos em 3/4 do campo. No último quarto é que residia o problema.

Os avançados estavam muito bem marcados, Marcelo chegou a ser imperial. Na fase final de construção Tarantini tirava tempo aos benfiquistas para pensar, mas era curto para uma equipa. Gaitan fez o que quis do lateral, do outro lado Sálvio e Maxi aplicaram o mesmo remédio, mas a bola teimava em não chegar aos avançados.

Lima nunca conseguiu ser uma referência, Talisca nunca pareceu ser avançado, mas mesmo assim as situações de ataque á baliza (nem sempre ocasiões claras de golo) foram-se sucedendo, após combinações ofensivas interessantes. Há que dizer que se jogou bonito, talvez demais, parecendo o tempo do Artur Jorge.

Chegou o intervalo com a clara sensação que era uma questão de tempo até o Benfica chegar ao golo, ou mesmo golos, dada a inoperância ofensiva do Rio Ave.

O segundo tempo foi um bocado diferente, o Rio Ave (até com as alterações feitas) surge mais ofensivo, se bem que sem causar perigo real, o Benfica jogou de forma mais mastigada e menos objectiva, mas ainda assim criando algum perigo efectivo. Ou Marcelo, ou Cássio ou um qualquer defesa em cima da linha foram salvando o golo que parecia inevitável, mas que nunca chegou. O Benfica foi ficando cansado e muito menos eficaz.

No prolongamento a toada continuou, mas num vislumbre de tragicomédia o Rio Ave quase marca num "momento João Pinto" de Jardel, que ao minuto 118 faz um corte para a trave de forma a não ceder canto. Seria um golpe rude e nada merecido, diga-se.

Nas grandes penalidades Artur, que havia tremido durante todo o encontro, tornou-se o herói da partida. Continua a não ser guarda redes de clube grande, mas já valeu um trofeu.

Na minha modesta opinião o jogador do encontro seria Marcelo, central vilacondense imperial durante toda a partida.

Arbitragem pouco em foco, com algumas mãos duvidosas na área, mas ainda assim positiva.

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